



Cusco não é uma cidade que você apenas visita — é uma cidade que você sente. Assim que sai do avião e respira aquele ar fino dos Andes, já percebe que chegou a um lugar diferente. Antiga capital do Império Inca e hoje Patrimônio Mundial da UNESCO, Cusco mistura séculos de história, espiritualidade e energia andina em cada rua de pedra.
Entre igrejas coloniais, muros incas e montanhas que parecem observar tudo à distância, a cidade une passado e presente de forma natural. Mochileiros se cruzam com locais falando quéchua, os mercados explodem em cores e a música ecoa por vielas estreitas. Aqui, o tempo desacelera e a curiosidade toma conta.
Viajar para Cusco é mergulhar na cultura andina: provar o chá de coca, ouvir as flautas de pã, ver artesãos tecendo à mão e respirar um ar frio que cheira a madeira e aventura. Cusco não tem pressa — ela convida você a andar devagar, com o coração aberto.
👉 Dica de mochileiro: vá com calma no primeiro dia. Caminhe devagar, beba bastante água e deixe o corpo se adaptar à altitude. Quer se preparar melhor? Leia este artigo sobre como evitar o mal de altitude em Cusco e nos Andes.
Cusco recebe visitantes o ano todo, mas o clima muda bastante conforme a estação. A estação seca (de maio a setembro) traz dias ensolarados e perfeitos para explorar, com temperaturas entre 10 °C e 20 °C. As noites podem ser frias, principalmente em junho e julho, quando chegam a 0 °C. Já a estação chuvosa (de novembro a março) pinta os vales de verde, mas traz pancadas de chuva à tarde — um poncho sempre ajuda.
Quer aproveitar o clima agradável e as festas tradicionais? Vá entre maio e junho, época do Inti Raymi, a Festa do Sol, que transforma a cidade em um espetáculo de cores e música.
Os voos de Lima a Cusco duram cerca de uma hora, mas se você tem tempo e espírito aventureiro, o ônibus panorâmico que cruza os Andes em 20 horas é uma experiência inesquecível.
Cusco fica a 3.399 metros de altitude, então respeite o ritmo do corpo: hidrate-se, coma leve e evite álcool nos primeiros dias. Leve dinheiro em espécie (soles peruanos), pois nem todos os lugares aceitam cartão.
👉 Dica útil: antes de viajar, confira as exigências de entrada no Peru pelo site PromPerú e baixe os Mapas Grátis de Lima e Cusco para começar a explorar assim que chegar.
Cusco poderia ser um museu a céu aberto, mas está muito viva para isso. Antigo coração do Tahuantinsuyo, o vasto Império Inca, a cidade ainda pulsa essa herança em cada esquina.
Visite o Qorikancha, o Templo do Sol, onde a precisão da arquitetura inca sustenta um convento colonial — um símbolo vivo do encontro entre duas culturas.
Mais acima, as ruínas de Sacsayhuamán dominam a paisagem, enquanto no centro você encontrará cafés alternativos, murais coloridos e música de rua. Hoje, Cusco é um mosaico entre o passado e o presente: tradição, arte, espiritualidade e festa.
Para sentir o ritmo local, passeie pelo Mercado de San Pedro: tome um suco de frutas exóticas, converse com os vendedores e observe o cotidiano pulsar.
👉 Dica local: participe de um walking tour gratuito ou baixe os Mapas Grátis do Pariwana para explorar as ruas menos turísticas e descobrir o lado mais autêntico da cidade.
Escolher bem onde se hospedar muda completamente sua experiência em Cusco. O Centro Histórico é o coração da cidade: é lá que estão a Plaza de Armas, os melhores restaurantes, a vida noturna mais animada e os principais pontos turísticos. É uma região segura e perfeita para caminhar.
Subindo algumas quadras, o bairro de San Blas oferece uma versão mais tranquila e boêmia da cidade, com ruas de paralelepípedo, ateliês, murais e hostels com vista para os telhados laranja. É o ponto ideal para quem busca inspiração e noites com música ao vivo.
Se você quer combinar conforto, boa localização e um ambiente social incrível, o Pariwana Cusco é uma escolha clássica entre os viajantes. Com atividades diárias, dormitórios confortáveis e uma energia jovem, o hostel é o lugar perfeito para conhecer gente do mundo todo.
👉 Dica prática: se for viajar entre junho e agosto, reserve com antecedência. A cidade fica lotada de mochileiros e os melhores hostels esgotam rápido.
Cusco é compacta e feita para andar. Cada rua parece levar a um novo mirante, uma igreja ou uma praça charmosa. Caminhar é parte da experiência — só vá devagar, porque a altitude cobra seu preço.
Para distâncias maiores ou dias de cansaço, os táxis locais são baratos, mas sempre combine o valor antes de entrar e prefira veículos identificados. Aplicativos como InDriver e Cabify também funcionam bem por lá.
Quer visitar ruínas próximas como Qenqo, Tambomachay ou Puka Pukara? Pegue um ônibus turístico ou um transporte compartilhado saindo do centro. Já para conhecer o Vale Sagrado, os micro-ônibus que partem da Rua Pavitos são a opção clássica dos mochileiros — baratos, rápidos e com paisagens incríveis.
👉 Pro tip: leve trocados, um casaco leve e um poncho. Em Cusco, você pode passar pelas quatro estações num só dia — e é exatamente isso que faz parte do encanto.
Cusco é daquelas cidades que você não visita, você vive. Cada rua conta uma história e cada esquina revela uma nova descoberta. Comece pela Plaza de Armas, o coração da cidade, cercada por varandas coloniais, igrejas imponentes e cafés sempre cheios. Dali, siga até o Qorikancha, o lendário Templo do Sol, onde os muros incas perfeitos sustentam uma construção espanhola — um símbolo do encontro entre mundos.
Suba até San Blas, o bairro mais artístico e boêmio da cidade. Lá, artesãos, músicos e viajantes dividem as ladeiras coloridas e o clima criativo. Para mergulhar mais fundo na história, visite o Museu Inka ou o Museu de Arte Pré-Colombiana, que mostram o esplendor do antigo império andino.
Quando quiser uma vista inesquecível, vá até Sacsayhuamán, uma fortaleza impressionante com pedras gigantes perfeitamente encaixadas. Aproveite o pôr do sol lá de cima — é de arrepiar. Depois, continue por Qenqo, Tambomachay e Puka Pukara, parte do circuito arqueológico próximo à cidade.
E quando bater a fome, o Mercado de San Pedro é o lugar certo: cheiros, cores e sabores locais que contam a alma de Cusco.
👉 Quer mais ideias? Confira o artigo 10 coisas imperdíveis para fazer em Cusco e monte seu próprio roteiro andino.
Cusco é o ponto de partida para algumas das experiências mais incríveis da América do Sul. E claro, o destaque é Machu Picchu, o sonho de quase todo viajante. Dá para chegar de trem saindo de Ollantaytambo ou encarar trilhas como a Trilha Inca, o Salkantay Trek ou o Inca Jungle Trail, ideais para quem curte natureza e desafio.
Antes de comprar o ingresso, veja este guia completo: Ingressos para Machu Picchu 2025 – Compre online e evite filas.
Mas Cusco vai muito além da cidade perdida. O Vale Sagrado dos Incas reúne vilarejos autênticos como Pisac, famoso por seu mercado artesanal; Chinchero, com suas tecelãs tradicionais; e Ollantaytambo, onde o tempo parece ter parado. Inclua também Moray e as Salinas de Maras, duas paisagens únicas que combinam natureza e engenhosidade inca.
Quer fugir do óbvio? Explore o Circuito Sul, que passa por Tipón (com seus canais hidráulicos incas), Piquillacta (uma cidade pré-inca bem preservada) e Andahuaylillas, conhecida como a Capela Sistina dos Andes por seus afrescos coloniais.
E para quem busca altitude e cor, há a Montanha das 7 Cores (Vinicunca) e a Laguna Humantay, trilhas que recompensam cada passo com vistas surreais.
👉 Confira também o artigo Trilhas em Cusco: as melhores rotas para iniciantes e escolha sua próxima aventura.
Cusco também se descobre pelo paladar. A culinária local mistura ingredientes milenares com um toque criativo que encanta qualquer viajante. Experimente o cuy assado (porquinho-da-índia), o chiri uchu — prato festivo tradicional —, uma truta frita dos rios andinos ou uma boa sopa de quinua para se aquecer.
Os mercados são o coração da comida local. No Mercado de San Pedro, prove sucos de frutas exóticas, pães gigantes e pratos caseiros preparados com carinho. Comer ali é sentir o verdadeiro sabor de Cusco.
Nos arredores da Plaza de Armas, você também encontra restaurantes modernos e cafés que reinventam os clássicos peruanos. E se quiser uma refeição deliciosa sem gastar muito, o Pariwana Cusco oferece pratos peruanos de ótima qualidade a preços acessíveis — perfeitos para mochileiros famintos depois de um dia intenso.
👉 Quer se inspirar mais? Leia Gastronomia peruana: 7 pratos que todo viajante precisa provar.
E para brindar, nada melhor que um pisco sour, uma chicha morada gelada ou um mate de coca bem quente observando o pôr do sol.
Quando o sol se põe, Cusco muda de ritmo. As luzes iluminam os telhados e a cidade ganha uma energia nova. A Plaza de Armas é o ponto de encontro dos viajantes — bares com música ao vivo, rooftops com vista e pubs cheios de gente do mundo inteiro.
A atmosfera é leve e acolhedora: risadas, música latina e aquele clima de amizade instantânea entre mochileiros.
Nos hostels, a diversão também rola solta. No Pariwana Cusco, por exemplo, as noites são animadas com beer pong, aulas de salsa, festas temáticas e jogos de bar. Dá para conferir a programação atual na página de Atividades do Pariwana Cusco.
Para quem prefere algo mais tranquilo, há as peñas — bares com música andina ao vivo — e cafés aconchegantes com artistas locais.
Cusco é uma cidade segura, mas sempre vale a prudência: ande por ruas movimentadas, evite lugares desertos e fique de olho nos seus pertences.
👉 Dica do viajante: a maioria dos bares fecha por volta da meia-noite, mas nas sextas e sábados a festa vai mais longe. E não se esqueça — o amanhecer em Cusco é lindo, mesmo depois de uma noite agitada.
Em Cusco, comprar é mais do que levar lembranças — é apoiar uma tradição viva. Os artesãos locais produzem peças únicas com técnicas passadas de geração em geração.
Os tecidos de alpaca são os mais famosos: leves, quentes e cheios de significado. No Mercado de San Blas, você encontra toucas, cachecóis e mochilas feitos à mão. Já no Mercado de Pisac, no Vale Sagrado, o domingo é o dia mais colorido da semana — barracas de tecidos, cerâmicas e joias de prata enchem os olhos.
Procure sempre produtos feitos de alpaca verdadeira (o toque é macio e o brilho natural é inconfundível). Além dos tecidos, há instrumentos musicais, esculturas em madeira e pinturas inspiradas nas tradições incas.
👉 Para quem quer comprar de forma responsável, busque cooperativas e associações locais indicadas pelo PromPerú ou pela Prefeitura de Cusco. Assim, você leva uma lembrança autêntica e ainda ajuda a preservar a cultura andina.
Cusco é uma cidade onde os detalhes fazem toda a diferença. Um pouco de preparo pode transformar sua experiência — e evitar alguns perrengues pelo caminho.
O primeiro cuidado é com a altitude. A 3.399 metros acima do nível do mar, o ar é mais rarefeito e o corpo sente. Beba muita água, evite bebidas alcoólicas e descanse bem nos primeiros dias. O chá de coca e os comprimidos para o mal de altitude (Sorojchi Pills) ajudam, mas nada substitui a hidratação e o ritmo tranquilo.
Leve dinheiro em soles peruanos para gastos do dia a dia, especialmente em mercados e táxis. Há caixas eletrônicos na Plaza de Armas, mas nem sempre funcionam; prefira casas de câmbio oficiais para trocar moeda com segurança.
O clima muda o tempo todo — de manhã faz sol, à tarde pode chover e à noite o frio chega com força. Use roupas em camadas, protetor solar e tenha sempre um casaco e um poncho na mochila.
A voltagem no Peru é de 220V e as tomadas são do tipo A e C. Se o seu carregador for diferente, leve um adaptador. A internet é boa na maioria dos cafés e hostels, mas, se quiser conexão constante, compre um chip local da Claro ou Entel.
Cusco é uma cidade segura, mas mantenha os cuidados básicos: use táxis identificados, evite ruas desertas à noite e não deixe seus pertences sem vigilância. Em caso de emergência, ligue para a Polícia de Turismo (105) — eles falam inglês e atendem 24h.
👉 Dica esperta: tire fotos dos seus documentos, passagens e reservas. Guarde tudo offline — é o tipo de precaução que você agradece por ter tomado.
Viajar por Cusco não é só sobre conhecer lugares incríveis — é sobre respeitá-los. A região depende do turismo, mas sua riqueza cultural e ambiental só se mantém se os viajantes fizerem sua parte.
Comece pelo simples: leve sua garrafinha reutilizável e evite plásticos descartáveis. Não jogue lixo nas trilhas nem nos sítios arqueológicos. Pergunte antes de tirar fotos das pessoas — para muitos moradores, isso é um gesto íntimo e deve vir acompanhado de respeito.
Prefira experiências que valorizem o local: coma em restaurantes familiares, compre diretamente dos artesãos e escolha agências que trabalhem com comunidades andinas. O seu dinheiro pode gerar impacto positivo real.
Em Cusco há várias experiências conscientes: oficinas de tecelagem em Chinchero, visitas a plantações de cacau e café no Vale Sagrado e até projetos de voluntariado em escolas e reflorestamento.
Para se inspirar, leia o artigo Viagem Sustentável – As ações do Pariwana Hostels. Ele mostra como pequenas atitudes podem criar grandes mudanças.
👉 Lembre-se: viaje com empatia. O respeito pela cultura local é o que transforma uma viagem em uma experiência real.
Saber um pouco de espanhol já ajuda muito em Cusco, mas usar algumas palavras em quéchua pode abrir portas e sorrisos. O idioma ancestral ainda é falado por boa parte da população, especialmente nos mercados e nas comunidades rurais.
Em quéchua:
Allinllachu? = Como vai?
Sulpayki = Obrigado(a).
Tupananchiskama = Até logo.
Ñawi kachun = Vá com cuidado.
Em espanhol peruano:
Causa = Amigo, parceiro.
Chela = Cerveja.
Un toque = Espera um pouquinho.
De la patada = Incrível, muito bom.
Os peruanos apreciam quando os viajantes tentam se comunicar. Uma saudação em quéchua pode render boas conversas e até um desconto no mercado.
👉 No Pariwana Cusco, muitas atividades culturais incluem aulas básicas de espanhol e quéchua — uma forma divertida de aprender e conhecer outros viajantes.
Cusco é segura e acolhedora, mas é sempre bom saber o que fazer em caso de emergência.
Se precisar de ajuda, ligue para a Polícia de Turismo (105) — eles falam inglês e atendem 24 horas por dia. Também é possível entrar em contato com o Centro de Atendimento ao Turista (IPERÚ) pelo número +51 1 574 8000 ou pelo e-mail informes@promperu.gob.pe.
Hospitais e clínicas recomendadas:
Hospital Regional de Cusco (público, atendimento geral).
Clínica Pardo e O2 Medical Network (privadas, com bom suporte para turistas e casos de mal de altitude).
Se perder o passaporte, vá até a Delegacia do Turista na Avenida El Sol e depois entre em contato com sua embaixada ou consulado em Lima.
Durante a estação das chuvas (de novembro a março), algumas rotas podem ser interrompidas. Antes de sair, consulte os avisos oficiais no site da Direção Desconcentrada de Cultura de Cusco ou no Boleto Turístico de Cusco – COSITUC.
👉 Dica de segurança: anote o telefone e o endereço do seu hostel. Em caso de emergência ou corrida de táxi, isso pode fazer toda a diferença.
Existem lugares que você conhece e outros que ficam com você. Cusco pertence a esse segundo grupo. Talvez seja o cheiro de incenso saindo das igrejas, o riso das vendedoras no mercado ou o silêncio mágico de Machu Picchu ao amanhecer — algo aqui toca fundo.
Para muitos mochileiros, Cusco é mais que uma parada: é uma lição. Você aprende a desacelerar, a valorizar o simples e a perceber que viajar é sobre conexão — com o lugar, com as pessoas e com você mesmo.
Antes de ir embora, suba mais uma vez até Sacsayhuamán e olhe a cidade lá de cima. Os telhados vermelhos, as montanhas ao fundo e aquele ar fino lembram que o tempo aqui corre diferente.
👉 Quando voltar, traga novos amigos e novas histórias. Porque, uma vez que você viveu Cusco, ela nunca mais sai de você.